Vivemos num mundo de constante informação, tudo vem ao nosso encontro, notícias diversas, leituras que fazemos, cenas reais e fictícias que assistimos, lugares que frequentamos, eventos que participamos, tudo captado pelos nossos sentidos e que invadem nossos cérebros chegando aos nossos corações. Por isso, nestes dias tenho pensado muito sobre o que anda por ele no que diz respeito ao amor ao próximo.
Existem situações que vêm até nós e enchem nossos corações com alegria, júbilo, excitação e felicidade, como ler um livro ou uma pequena matéria que nos agrade, vermos um filme ou uma cena que realce a nobreza humana, banquetear-se com uma deliciosa refeição ou até mesmo receber uma notícia extraordinariamente boa. Isso tudo e entre outras coisas que não preciso enumerar agora, são sentimentos que nos acrescentam algo, porém, fica a pergunta: E depois? O que vem depois?
Esses momentos felizes e de prazer deveriam permanecer em nossos corações, trazendo uma sensação de paz e amor duradoura e sempre nos lembrar como foi bom ler, ver, rezar, amar, comer e fazer toda ação “prazerosa” que os diversos verbos no infinitivo possam contribuir para nossas vidas.
Diante disso, li um artigo que me passou justamente esta sensação: a de permanecer da maneira que o autor descreveu. Ser amável, perdoar e viver semeando a paz e a misericórdia a todos, inclusive para aqueles que, infelizmente, não nos demonstram nenhuma espécie de carinho ou afeição. No entanto, na mesma hora veio ao meu coração que isso parece ser impossível, permanecer assim é difícil para mim. Será que alguém consegue?
Talvez não consigamos por causa do “contrário”, das sensações que recebemos de tudo que gostaríamos que fosse diferente e acaba nos causando raiva, tristeza, rancor ou inveja. Sentimentos infelizes que nos fazem não querem vivê-los mais e até mesmo nos afastarmos, seja da situação ou das pessoas que os provocaram.
Então, ficam as perguntas feitas anteriormente. Não gostaria de terminar este texto dando a minha opinião, mesmo porque não a tenho. Pois, o que gostaria de fazer não é o que consigo fazer, e sei que isso é comum para muita gente. No entanto, tem uma frase de um santo chileno, Santo Alberto Hurtado, que fala sobre o amor ao próximo, ele diz: “... Colocá-los todos em meu coração, cada um em um lugar, porque existem diferentes lugares no coração do homem, e oferecê-los todos a Deus, e agradecer por cada um.”
Solicito que partilhem comigo suas opiniões e pensamentos respondendo as questões se puderem e se sentir vontade, todos nós temos algo a ser compartilhado com o outro. Desde já agradeço a colaboração de suas palavras.
Forte abraço do amigo, Carlos Guimarães.
