13 fevereiro 2013

Sobre a renúncia de Bento XVI


Sobre a renúncia de Bento XVI tenho certeza que ele ama a Igreja acima de sua própria vontade, vaidade e vida. Muitos não entendem o que é sair de um cargo onde o poder e a decisão estão em suas mãos. Hoje o admiro ainda mais como pessoa e autoridade que será até 28 de fevereiro de 2013, independente dos motivos que teve para decidir, nada muda a História, o Papa renunciou.

Este fato nunca foi visto por ninguém. A saúde foi o alegado com muita justiça, porém, os que são contra a Igreja irão argumentar inúmeras situações que certamente fazem parte do dia-a-dia do catolicismo, desnecessário seria relacioná-las aqui, visto que nas mídias serão mais faladas do que a própria renúncia.

No entanto, volto à questão de sua atitude que será transformadora em nossa comunidade católica e no planeta, ao sair da cadeira de Pedro ele nos dá um exemplo de humildade e coragem. Ao lhe faltar força, dará lugar para outro realizar o que ele teria vontade de fazer por amor a Igreja, e assim ele renova o que Deus nos diz na Sagrada Escritura: “Deus o escolheu para confundir os sábios; e o que é fraco no mundo, Deus o escolheu para confundir os fortes.” (1Cor 1,27)

Deixar um cargo na Igreja, muitas vezes é associado à fraqueza, falta de amor, egoísmo, desinteresse, mágoa, entre outras coisas. Sei do que estou falando, porém, a decisão de Joseph Ratzinger é pessoal e não tem como outros falarem por ele, pode-se até argumentar, tentar dissuadir, mais o que está em jogo é muito maior do que a mesquinhez humana, é a sobrevivência dele e, principalmente, da Igreja como uma instituição de grande influência na humanidade e que por isso deve manter-se firme e forte com um líder que possa ir até onde o Evangelho tem que ser levado e a Palavra anunciada com força e determinação. Por esta atitude, respeito sua vontade e o apoio. E assim ele confirma o que fora dito por São Paulo aos Coríntios: “Fiz-me fraco com os fracos, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de salvar a todos.” (1Cor 9,22)

Viveremos uma Quaresma diferente, em nossas orações estaremos pedindo a Deus um novo líder, mais tenho certeza de que pela fé em Seu coração ele já existe, pois tudo está sob Seu controle. Só nos resta pedir que o novo Papa seja sábio como este está sendo e passe a conduzir nossa Igreja para ser repleta de homens e mulheres novas para um mundo novo.