13 junho 2010

Um olhar voltado para o céu

A vida nos trás novidades todos os dias, o novo nos surpreende e nos intriga, nos colocando em xeque, ela nos trás novos sentimentos e novas realidades. Realidade essa, que é mutante, onde vivemos dia após dia nos levando a pensar como será o dia seguinte, como reagiremos a cada notícia de uma morte injusta, de uma cura maravilhosa efetuada pela ciência, de um ato extraordinário de bravura, como algo que parecia impossível, torna-se possível nos dias de hoje.
No entanto, nossa realidade de fé não poder ser mudada, os padrões que Jesus nos deixou são imutáveis, o amor a Deus e ao próximo são os que regem a humanidade, mesmo por aqueles que os ignoram totalmente, ignoram talvez por não compreenderem totalmente o anuncio, ou seja, foi anunciando ineficazmente e com despreparo.
Jesus é o único Deus que experimentou ter coração, um coração humano, ousou ter sentimentos, ou melhor, ficou a mercê deles, constituiu-se como ser humano em todos os seus momentos da vida, viveu e morreu como homem. Trouxe para nós a realidade da vivência sem o pecado, trouxe a vida livre que o homem pode experimentar se sair das garras do pecado, conseqüentemente do diabo, aquele que divide e separa. Pelo contrário, Deus uniu, uniu duas realidades, a humana e a divina, viveu divinamente sua humanidade.
Somos pecadores e vivemos confrontando as realidades das pessoas que pecam e não enxergam, pois, para elas os padrões corretos são os que aprenderam em suas vidas vazias de Cristo. Jesus anunciou com gestos, atitudes, palavras e testemunho e ainda usou milagres e prodígios. E mais, nos deu os mesmos limites, ou seja, o Dele, não nos colocou abaixo Dele, pelo contrário, disse-nos que pela fé poderíamos realizar também milagres e prodígios eficazmente.
Devemos viver a santidade não como anjos e sim como homens e mulheres que somos, reais e com os pés no chão, crendo na fidelidade no matrimônio e na família, crendo que matar é contra a lei de Deus e da humanidade, crendo que mentir, roubar e cobiçar as coisas alheias são pecados, que não honrar seus pais também é uma maneira de desonrar a Deus, mentir e não glorificar a Deus nos dias que Ele merece, também são pecados, enfim, esses são alguns dos mandamentos no qual Deus nos ensina e a Igreja nos dá a doutrina para cada um deles dando uma infinidade de direções para serem vividos em nossos dias.
Não obstante de tudo isso ainda temos o auxílio daquele que Jesus nos deixou, o Espírito Santo de Deus, aquele a quem podemos recorrer. Nele teremos a vitória, pois, através do Espírito Santo se derrama em nossas vidas a Misericórdia infinita de Deus, onde nossa humanidade é revigorada, onde o nosso humano que não compreende o que Deus nos dá pode se aproximar e mergulhar, acreditar, confiar e crer além de tudo. Dela brota toda a fidelidade de Deus para conosco, pois se não é a Misericórdia de nosso Deus eu não estaria aqui escrevendo estas linhas, Jesus não teria se tornado humano e experimentado todos os nossos sentimentos e ter vencido cada um e a todos eles se tornando um modelo de homem a ser seguido, inaugurando assim, um nova era de adoração filial a um Deus que até então não era conhecido como Pai.
Trazemos então conosco uma humanidade experimentada, praticada através dos tempos em uma nova realidade agora temporal mais no seu verdadeiro sentido imortal, em nossos corpos mortais com data de validade já estabelecida mora uma alma divina que deseja voltar para junto de Deus e do convívio dos seus. Não desperdicemos esta chance que temos de copiar de Jesus o seu modelo, Ele veio para isso mesmo, para ser imitado, não será o tempo e a realidade que vivemos que nos separará do amor de Deus, como diz na Sagrada Escritura “nada nos separará do amor de Deus”. Constituímos todos juntos o amor que Ele tem por nós acima de qualquer coisa, acima do tempo e da mortalidade que Jesus viveu e nós ainda vivemos. Devemos olhar para o céu e para aquilo que nos aguarda.

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